Citröen DS5 – crónicas automóveis

Citröen DS5 – crónicas automóveis

O primeiro DS viu o nascer do dia pela primeira vez em 1955 e continuou em produção durante 20 anos. Nesse período, ganhou inúmeras provas de rally e tornou-se um ícone dos anos 60. Trouxe-nos tecnologia que hoje sabemos ser indispensável no mundo automóvel como, por exemplo, a capacidade de poder impressionar raparigas com um carro.

Apaixonou celebridades pelo mundo fora; actores, políticos e o público em geral. Foi um marco automóvel. Trazia com ele uma inovadora solução hidráulica que levantava e baixava o carro de acordo com a necessidade, uma caixa semi-automática que dispensava o uso de embraiagem e, uns anos depois, faróis direccionais. Tudo isto nos finais dos anos 50!

Será que o actual DS volta a ser tudo isso? Para o perceber, andei com a nova versão de 2015 durante um dia e, apesar de nunca ter andado com o original, não me parece que este faça jus ao legado que tem. Lembro-me do antigo como um carro que nos fazia imaginar uma variedade de coisas. Desde os meandros da política internacional ao glamour dos ricos e famosos. Este, no entanto, não me faz sonhar com nada. Talvez faça, mas com o que iria jantar mais logo, tal era a indiferença que ele me provocava. É verdade que é muito bonito e sem dúvida que tiveram uma atenção redobrada ao seu design, mas, agora, os únicos sonhos que nos provoca são com outros carros e com o facto de não sabermos se o devemos comprar ou não. É que, nesta categoria, as alternativas são variadas e, convenhamos, não vamos comprar o DS5 só por ser um DS.

Actualmente, já não compramos um carro pela paixão e pela emoção, até porque este não tem nenhuma delas. Compramo-lo, sim, pelo serviço da marca, pela garantia, pela motorização e consumos. Não queremos saber das prestações que faz, queremos conforto e qualidade, queremos saber que nos vai durar, pelo menos, dez anos sem dar chatices, apesar de sabermos que eles são feitos para durar metade desse tempo. Muito como os governos. A ideia é fazerem as coisas bem durante 4 anos, mas ao fim de um já sabemos que deu asneira.

A versão ensaiada foi a So Chic com o motor 1.6 BlueHDI de 120 cavalos. Infelizmente, parece que quando o montaram devem ter deixado o binário na fábrica porque já vi carretas a responder mais rapidamente. No entanto, o DS tem um trunfo. É giro, tem  motorizações boas e evoca o passado, nem que seja, apenas, pelo símbolo em cima do capot.

Rafael Aragão Rodrigues

Agradecimentos à Citroen pelo acesso a este modelo

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