Patrick de Pádua nasceu em 1988, em Vaduz, Liechtenstein. Desde pequeno relevou um grande interesse pelas artes e foi com cerca de 16 anos que decidiu enveredar definitivamente por uma carreira relacionada com a moda. Mudou-se para Lisboa para ingressar no MODATEX, onde completou o curso design de moda. Ao longo do seu percurso académico foi explorando novas áreas, descobrindo, assim, a sua paixão pelo streetwear, área na qual o designer pretende investir e desenvolver. Agora fará parte da iniciativa da Modalisboa, Sangue Novo (dia 7 de Março às 18.30 no pátio da Galé) que dá espaço e protagonismo aos novos designers.
Assim, fomos conversar com este novo talento e saber a sua opinião sobre vários assuntos.
1. O que faz um homem ser elegante?
Para ser sincero elegância não é o tipo de atributo ao que dou mais importância em termos de estilo. Acho que um homem, ou mulher, devem ter alguma cortesia e educação e é na sua forma de estar e de ser, e não no seu vestir, que eu vejo a elegância como uma qualidade.
2. Quais são as peças imprescindíveis no guarda-roupa masculino?
Há peças que são básicas e que praticamente qualquer homem tem. Uma camisa branca, uma t-shirt branca, calças de ganga… mas acho que isso é extremamente relativo a cada um. Podes nunca ter vestido uma camisa branca na vida e continuares a vestires-te bem, mesmo estando a falar dentro de um estilo mais clássico. Basta observar marcas bastante conceituadas que sempre tiveram um estilo clássico extremamente vincado para reparar que as regras estão a mudar. Fora do universo clássico, qualquer coisa pode valer, quem tiver um estilo mais desportivo provavelmente acha que não poderia passar sem ter um pólo no seu guarda-roupa, quem tiver um estilo mais hipster, que neste momento é dos mais falados, se calhar a roupa é menos importante que a sua barba ou bigode. E estou obviamente a generalizar, porque acho que não há peças imprescindíveis, o importante é sentirmo-nos bem e sermos fiéis aos nossos gostos, independentemente do que nos digam que devemos ter no guarda-roupa.
3. Tem role models na elegância masculina? Figuras que o inspirem?
Normalmente o que me inspira é um conjunto de coisas mais ou menos abstractas como a música, o estilo urbano, as imagens que vejo, mas não há nenhuma pessoa em particular que eu tenha como role model.
4. Será a sua primeira apresentação numa semana de moda, qual foi a inspiração para esta primeira colecção?
A minha principal inspiração é bastante simples e surgiu dos casacos Bomber. É um casaco com um passado militar e cujas formas me cativaram. A partir daí comecei a desenvolver uma colecção masculina, urbana e com alguns elementos desportivos. Tentei introduzir alguns materiais inovadores e tecnológicos e brincar com as formas e volumes dos coordenados.